Por Profª. Pós-Drª. Rafaela de Almeida Schiavo CRP/0693353
Muitas pessoas ainda encaram o estresse de forma pejorativa e com menosprezo, mas o fato é que o estresse é uma alteração emocional significativa que não sendo cuidado pode ser porta de entrada para outras doenças físicas e psíquicas.
O estresse é uma reação do organismo que ocorre a partir da liberação do CORTISOL no organismo que é ativado diante a situações estressoras. O estresse não é de todo vilão, muitas vezes a situação de ALERTA que ele desperta nos dá energia e atenção para agir. Entretanto, em estágios avançados como em fase de quase exaustão e exaustão pode ser altamente prejudicial.
Quando estudamos o estresse no período perinatal percebemos que nem todas as mulheres estão tranquilas em relação à gestação, o estresse é a alteração emocional mais prevalente do período perinatal, acometendo cerca de 65% das mulheres.
As CONSEQUÊNCIAS do estresse duradouro para a mãe pode avançar para uma depressão pós-parto e até ocasionar em intercorrências no desenvolvimento do bebê. Quando a mulher se encontra em situação significativa de estresse, especialmente no pós-parto, míngua a sua energia para maternar e exercer os devidos cuidados com o bebê, podendo então ocorrer ATRASOS no desenvolvimento.
Ambiente de descuido, violência e negligência podem gerar elevados níveis de estresse no bebê após o nascimento, podendo haver problemas deletérios cerebrais, chamado de estresse tóxico tornando a criança mais vulnerável a desencadear problemas de saúde mental ao longo de sua vida.
Referências
RODRIGUES, Olga Maria Piazentin Rolim; SCHIAVO, Rafaela de Almeida. Stress na gestação e no puerpério: uma correlação com a depressão pós-parto. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v. 33, p. 252-257, 2011.
VALLE, Tânia Gracy Martins do et al. Psicologia do desenvolvimento humano e aprendizagem. Coleção PROPG Digital (UNESP), 2011.