Por Profª. Pós-Drª. Rafaela de Almeida Schiavo CRP/0693353
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O nome científico para a gravidez psicológica é a pseudociese, embora às vezes se confunda com a psicose, não se trata de uma cisão com a realidade, pois a racionalidade e cognição na pseudociese permanecem preservados, não havendo delírios e alucinações. A mulher acredita fortemente que está grávida e sente todos os sintomas de uma gestação como enjoos, aumento das mamas, crescimento da barriga e outros.
Em épocas antigas o grande papel e responsabilidade de uma mulher era ser mãe, se por motivos de força maior a mulher não podia ser mãe, era vista pela sociedade como uma mulher inútil. Nessa época era frequente casos de gravidez psicológica, não havia tantos recursos tecnológicos para acompanhar a gestação como nos dias de hoje, por isso as mulheres acabavam ficando grávidas psicologicamente por mais tempo.
Hoje em dia são raros os casos de pseudociese e não se encontram dados de pesquisas confiáveis sobre o tema. Os dados existentes mostram que a gravidez psicológica costuma acometer mulheres entre 20 a 40 anos de idade, embora em exceções já tenha ocorrido em crianças e até mulheres na menopausa.
A prevalência de gravidez psicológica é de 1 a casa 22 mil gestantes, com o passar do tempo o número vai reduzindo pois atualmente ser mãe é apenas um dos diversos papéis da mulher, não sendo prioridade para várias delas. Hoje as mulheres possuem outros sonhos e objetivos, diferentemente do valor dado antigamente ao ser mãe.
Em geral a gravidez psicológica pode ocorrer devido a pressões sociais, desejo do marido e da família, situações de infertilidade, medos, abortos frequentes e já ter passado pela gravidez psicológica anteriormente.
Comumente a gravidez psicológica dura algumas semanas, pois com os exames identifica-se que não há um processo gestacional ocorrendo de fato, entretanto há casos em que a gravidez psicológica é levada até ao final levando a mulher sentir as contrações do trabalho de parto. Após essa descoberta é importante que essa mulher possa receber atendimento psicológico para aprender a lidar com essa realidade.