Texto por Bruna Dantas – CRP 08/22545 – Aluna Materonline

Até a década de 70 não existia tecnologia que permitisse estudar o comportamento da vida fetal, assim era muito pouco o que se sabia sobre o desenvolvimento dos fetos. Só a partir dos estudos realizados pela psicanalista Alessandra Piontelli é que foi possível observar os comportamentos de personalidade na vida intrauterina, e a sua importância para o desenvolvimento humano.

Piontelli se interessou por pesquisar fetos, pois observou na clínica alguns comportamentos de insights e discursos de seus pacientes, que poderiam estar ligados a vida fetal. O que permitiu o questionamento sobre a existência de manifestações do psiquismo fetal e do trauma antes do nascimento.

Com seus estudos foi possível observar que o bebê mais agitado na barriga tendia para um bebê agitado ao nascer, e o bebê que se movia menos se tornavam crianças mais quietinhas. Padrões se mantinham, comprovando que o psiquismo antes do nascimento influenciava no pós-natal.  

Como também as emoções maternas, quando a mulher se sente agitada e estressada, ela irá liberar o hormônio cortisol, e que poderá passar para o bebê pelo cordão umbilical. O que pode desencadear para um parto prematuro, com complicações ou um bebê em sofrimento psíquico.

Assim, podemos perceber a importância do trabalho do psicólogo com os grupos de pré-natal psicológico, uma vez que pode dar espaço a mãe, para orientá-la e avaliá-la e acolher sua demanda, para que possa ressignificar as questões pertinentes à gestação. 

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