Por Profª. Pós-Drª. Rafaela de Almeida Schiavo CRP/0693353
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Ao atuar com avaliação psicológica sabe-se que os testes NÃO dizem nada de forma isolada, ainda que profissionais sem conhecimento e não preparados para aplicar possam acreditar que seja suficiente meio de avaliação. A avaliação psicológica é uma soma de um diagnóstico subjetivo e objetivo, ou seja, parte principalmente da atividade de ESCUTA ATIVA e QUALIFICADA, considerando cada detalhe da história do indivíduo por meio de entrevistas, anamnese, testes, jogos e outros meios.
O fato é que quando a avaliação psicológica é de GESTANTES, é preciso ainda mais CUIDADO no uso dos instrumentos e a avaliação será muito mais ENRIQUECIDA se for realizada por um Psicólogo Perinatal que apresenta conhecimento sobre perinatalidade e parentalidade. Não basta aplicar um instrumento que avalia sintomas de depressão, mas é preciso investigar outros pontos do relato para entender que cada caso é um caso único, verificando se os SINTOMAS apresentados nos testes tendem a ser sintomas de DEPRESSÃO ou se trata de um momento ESPECÍFICO da vida da mulher e não corre o RISCO de um TRANSTORNO depressivo.
Outro detalhe importante é que são escassos instrumentos específicos para aplicação em gestantes e mulheres no pós-parto. Por isso, ao aplicar instrumentos feitos para a POPULAÇÃO GERAL é importante que o psicólogo esteja preparado, com conhecimento em Psicologia Perinatal, para interpretar os resultados com maior cuidado e conhecimento.
Em algum momento em nossa profissão precisaremos lidar com questões relacionadas à MATERNIDADE e PATERNIDADE. A maioria das alterações emocionais na gestação não são tratadas e costumam perdurar no pós-parto, influenciando no DESENVOLVIMENTO INFANTIL, na VINCULAÇÃO mãe-bebê e na saúde mental da criança ao longo da vida. Por isso é tão importante o psicólogo estar preparado para avaliar corretamente a Saúde Emocional Materna.