Por Profª. Pós-Drª. Rafaela de Almeida Schiavo CRP/0693353
A maternidade não é um mar de rosas, muitos conflitos, lutos, problemas de saúde mental acontecem quando se inicia a transição para a parentalidade. O problema é que nossa sociedade romantiza muito a maternidade e quando mulheres engravidam percebem que a romanização era apenas uma crença, a realidade pode ser bem cruel.
É NECESSÁRIO que MAIS psicólogos compreendam os fenômenos psicológicos envolvidos na perinatalidade, pois há demanda PRECISANDO de nosso atendimento. Em uma pesquisa de Iniciação Científica orientada por mim, minha aluna identificou que gestantes usuárias de Unidades Básicas de Saúde observou-se que mais de 80% delas aceitariam o atendimento psicológico caso a unidade oferecesse.
Ao investigar a saúde mental de todas as gestantes que aceitariam, 40% delas estavam apresentando ESTRESSE, ou ALTA ANSIEDADE, ou sintomas de DEPRESSÃO. Logo, além de estarem dispostas a realizar o acompanhamento psicológico, elas estavam realmente PRECISANDO desse atendimento por apresentar alterações emocionais significativas.
Isso acontece, pois, não temos ainda no Brasil uma política pública que cuida da saúde mental materna desde a gestação. O fato é que mesmo se existisse, ainda não temos psicólogos com qualificação na psicologia perinatal em quantidade necessária para dar conta de todo território nacional, nem mesmo metade do território, portanto, precisamos que mais psicólogos tenham interesse em atuar nessa causa e ajuda na construção de um mundo melhor.
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