Por Profª. Pós-Drª. Rafaela de Almeida Schiavo CRP/0693353
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O cortisol liberado na corrente sanguínea da mãe tem impacto no cérebro do bebê que gesta. A amígdala cerebral é responsável pelas EMOÇÕES, o cortisol gera impacto sobre ela interferindo no desenvolvimento fetal, uma vez que, a amígdala do bebê pode ficar MENOS conectada ao nascer devido ao estresse ELEVADO durante a gestação. Na adolescência aumenta-se em 4x mais o risco de manifestar SINTOMAS DEPRESSIVOS em filhos de mães que tiveram depressão durante a gestação.
Outro meio é o efeito do estresse sobre serotonina, ou seja, um agente BIOQUÍMICO que circula pelo corpo humano desempenhando um papel importante na regulação das emoções, especialmente no controle da IMPULSIVIDADE e AGRESSIVIDADE. Baixos níveis de SEROTONINA estão associados a ANSIEDADE e DEPRESSÃO. A mãe estressada tem a sua capacidade bioquímica reduzida consequentemente disponibilizando menos serotonina para o feto, que ocorre através da PLACENTA, fazendo com que áreas cerebrais e conexões que dependem da serotonina como o córtex e o hipocampo, sejam AFETADOS negativamente mesmo em idade adulta. Conclui-se que a falta de serotonina e o excesso de cortisol recebidos pelo bebê podem ter efeitos negativos até a vida adulta (GERHARDT, 2017).
Devido o cérebro ser um sistema interativo, onde cada etapa é construída sobre a etapa anterior, dificulta para o organismo reaver as diferenças anteriores quando uma nova etapa inicia, ainda que sejam pequenas. Pela falta de algo mal desenvolvido, FUNÇÕES importantes no cérebro podem ser PERDIDAS.
Ao trabalhar com a saúde mental materna, seja na PROMOÇÃO DE SAÚDE ou com aquelas que já apresentam alterações emocionais significativas, estamos atuando em um processo sistêmico, pois também está envolvendo a saúde do bebê, prevenindo nascimentos baixo peso, prematuridade, consequências negativas para sua vida na infância, adolescência e vida adulta. Psicólogas perinatais podem atuar promovendo saúde para uma GERAÇÃO de pessoas e futuros cidadãos da nossa SOCIEDADE.
Referências
GERHARDT, S. Por que o amor é importante: como o afeto molda o cérebro do bebê. 2.ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.