Por Profª. Pós-Drª. Rafaela de Almeida Schiavo CRP/0693353
A área de psicologia perinatal é uma área em comum de interesse para muitos psicólogos e psicólogas. O assunto maternidade, paternidade, ele dá IBOPE, ele dá quórum. Então, se você pretende atender mães e bebês isso vai ser muito legal, porque você vai gostar de estudar, você vai gostar dos livros que você vai ler, você vai gostar dos cursos que você vai fazer, dos eventos que você vai participar… Um pouco porque às vezes aquilo que é ensinado, aquilo que é explicado a respeito dos fenômenos psicológicos envolvidos no período de gestação parto e pós-parto é algo que você já vivenciou, então, dentre as minhas alunas, a gente tem uma boa parcela de psicólogas que foram mães.
Por elas terem passado pela maternidade, quando elas entram em contato com o conteúdo científico elas começam a dar um outro valor para um monte de coisas, entender uma série de coisas, e aí elas ficam encantadas. Muitas vezes elas querem ser Psicólogas Perinatais porque conseguem entender e compreender uma série de coisas que aconteceram com elas durante a gestação, parto ou pós-parto. Isso é muito interessante. Existe também aquela parcela de pessoas que não são mães, mas gostam do assunto, acham intrigante, interessante e isso é importante.
Nós temos mais de quatrocentos mil psicólogos com CRP ativo no Brasil. E menos de dois mil de fato atuam como psicólogos perinatais. Isso muda positivamente a vida de qualquer psicólogo que escolha atuar nessa área neste momento.
Por quê? Porque não existe esse profissional, ele é escasso, ele é raro. Só que a demanda é elevada. A gente tem uma demanda, gente, muito, muito, muito alta. De pessoas precisando, querendo e buscando atendimento por psicólogos que tenham conhecimento específico sobre como lidar com as questões da parentalidade.
Tem alguns psicólogos que falam assim: “mas eu não vejo gestante buscando atendimento psicológico”. A gente precisa informar para elas que elas podem. Elas têm medo porque muitas vezes elas são julgadas. Uma mulher que está grávida e não está bem com a gestação, ela evita falar que ela não está bem para as pessoas porque ela é mal recebida.
Se ela vira para uma amiga e fala “eu não estou feliz com a gestação, eu queria tanto ter um aborto espontâneo aqui e perder o bebê”. Essa amiga vai falar: “Deus castiga”. Jamais diga isso. Infelizmente vão existir, também, mulheres que vão procurar por um profissional e ela vai receber esse mesmo tipo de resposta cheia de preconceitos, cheias de discriminação e essa mulher então se fecha e não tem coragem de falar para outras pessoas.
O psicólogo perinatal, a psicóloga perinatal, precisa então compreender e trabalhar essas questões baseados na ciência, e não em crenças do senso comum.
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