CARINE MELO OLIVEIRA – CRP04/57390
O período da gestação, parto e puerpério é um momento na vida das pessoas que requer muitas adaptações. Geralmente os pais trabalham a preparação para o parto, alguns até tem um pouco de conhecimento sobre amamentação e o foco no momento fica em questões práticas do dia a dia com o bebê.
À medida que esse bebê vai crescendo e se desenvolvendo, novas habilidades são exigidas dos pais, que muitas vezes não se preparam para o exercício parental. Contam com o conhecimento que tem, e na maioria das vezes esse conhecimento não é o suficiente para ajudá-los na lida com os filhos.
Para ser pais é preciso estudar, isso porque, as nossas referências de como ser pai e mãe, geralmente estão ligadas a práticas educativas punitivas e são agressivas e/ou permissivas. As mudanças geracionais que têm acontecido cada vez mais rápido na nossa sociedade não dão suporte aos pais para que eles possam acompanhar tantas mudanças no desenvolvimento infantil. A maioria das pessoas que estão se tornando pais na contemporaneidade, vieram de uma criação muito autoritária, que buscava a contenção em vez da conexão, que não ouvia as crianças e as colocavam num papel inferior dentro da família, causando vários danos emocionais em longo prazo.
Esses mesmos pais ao terem filhos, buscam em suas referências parentais formas que os ajudem a criar os próprios filhos, porém essas formas violentas nas quais foram criados não são o suficiente para ajudá-los, então eles partem em busca de novas formas parentais, não punitivas e muitas vezes se sentem frustrados por não conseguirem sair dos padrões pré-estabelecidos na sua infância.