Por Patricia Camargo Ruschioni
Psicóloga Perinatal (Instituto MaterOnline) CRP 06/161397
A gravidez é uma fase de transição na vida da mulher, do seu companheiro e da sua família, mudanças na parte física, na psíquica e social.
Toda gestante tem o mesmo desejo: ter uma gravidez tranquila e que seu (sua) filho(a) seja saudável.
A parentalidade da mãe e do pai acontece desde sua infância. Onde a menina ao brincar de boneca já idealiza esse seu bebê.
Muitas gestantes passaram sonhando a vida toda com um determinado sexo de seu bebê. Muitas delas já têm a preferência pelo sexo do bebê. Já algumas gestantes acertam o sexo do bebê e ficam felizes por ser o mesmo que foram idealizadas, outras descobrem o sexo oposto e acabam se sentindo frustradas pelo bebê real ser o oposto do que ela idealizou e passam a sentir tristeza e muitas vezes acompanhada
de culpabilidade.
Segundo Bernard Golse (2002), ao decorrer sobre a criança fantasmática, sendo aquela criança relacionada ao que os pais têm em mente a partir de sua história de vida.
Portanto, a parentalidade é marcada pelas fantasias parentais, podendo ser exercida de modo criativa ou sintomática.
Quanto mais frustração a gestante passar em sua gestação e não saber lidar com suas emoções, mais chances tem dela desencadear uma depressão durante e pós a gestação.
Por isso, é de suma importância o suporte do seu companheiro e da sua família para atentar a essas questões e ao perceber o seu sofrimento frente a descoberta do sexo do bebê não idealizado e havendo mudanças comportamentais que ponha em risco ambos, deve procurar um Psicólogo Perinatal para que a mesma trabalhe na aceitação e na elaboração frente esse sofrimento, para que a gestante possa estabelecer um vínculo mãe-bebê e siga sua gravidez tranquilamente.