YASMIN FUCHS DE MORAES – CRP 05/54949

Dois lados de uma mesma moeda estão a maternidade romântica e
idealizada, e a maternidade real e intensa. Muito ainda se fala da maternidade como um dom inato e instintivo de toda mulher. Como se a mulher só fosse realmente feliz e completa em sua vida, no momento em que gerasse uma outra vida.

É possível ainda observar que até mesmo no final das novelas e filmes,
esperamos que a protagonista tenha um final feliz, casando com seu amor e
engravidando do mesmo. Na prática a maternidade pode ser bem diferente do que foi imaginada e vista nas telas e isso pode gerar sofrimento e um sentimento de que algo está errado, quando a maternidade real chega.

A maternidade é sim linda, mas o processo de se tornar mãe envolve inúmeras mudanças e sacrifícios. Provavelmente você já deve ter visto alguém falando sobre maternidade real, não é mesmo? Você já parou pra pensar na importância desse movimento?

Hoje em dia algumas mulheres têm trazido à tona por meio das redes
sociais a importância de expor a maternidade real, para que aconteça a
desromantização da ideia sobre ser mãe. Porém na prática essas mulheres que compartilham uma maternidade real e sem filtros nas redes sociais, são alvo de críticas e de julgamentos.

Temas como tristeza, cansaço, irritação, preguiça, medo, vontade de fugir,
raiva, entre outros, tem sido cada vez mais falados pelas mães. Visando não só desconstruir uma falsa ideia de que mães são felizes para sempre, por que tem a completude de ter um filho(a), mas também de desabafar e aliviar as demandas do próprio dia a dia da maternidade, que por muitas vezes é solitário.

A romantização da maternidade contribui para que temas como estes
gerem estranheza, desaprovação e julgamentos, de quem acredita que ter um filho é um momento de plenitude, completude e felicidade eterna. Mas é
fundamental continuar o movimento da desromantização.

Pois só assim plantaremos a ideia de que a maternidade não é perfeita, de que mães são seres humanos normais e sentem cansaço, medo, sono, tristeza etc. De que a maternidade não é fácil, de que não existe instinto materno e que cada fase da maternidade é um processo de aprendizagem único pra cada mulher.

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