Texto por: Márjory Dowell de Brito Cavalcanti Matias / CRP 02/15.502 – Aluna Materonline

A amamentação é um momento esperado para muitas gestantes, existindo em muitos casos fantasias a respeito desse ato de amor, mas que em diversos contextos pode significar algo difícil e doloroso para a mãe que se esforça e se machuca, podendo achar que não é capaz e que não vai conseguir alimentar seu filho da forma mais adequada. E qual seria a forma mais adequada?

É também real que muitas mulheres conseguem amamentar com maior facilidade e faz desse momento algo sublime e grandioso, porém existem muitas realidades, e o que acontece com uma pessoa, pode não ser o mesmo que acontece com a outra. Mesmo diante de cursos e preparações para esse amamentar, podem surgir frustações diante das limitações de que além da particularidade de cada mãe, ainda existe o comportamento singular de cada recém-nascido.

A mulher merece ser informada da importância da amamentação e segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a mãe deve amamentar de forma exclusiva pelo menos os 6 primeiros meses de vida do bebê, que oferece muitos benefícios ao mesmo, facilitando até o desenvolvimento da linguagem. Porém, a mulher tem o direito de escolher se deseja seguir amamentando ou se devido alguma situação pela qual ela não consegue dar continuidade a amamentação ela precise parar sem se sentir eternamente culpada por estar trocando o leite materno por uma fórmula.

Existem hospitais que atuam com o foco na amamentação para mães que tiveram filhos prematuros, porém, contudo, nem toda mãe se sente apta para amamentar, faltando nesse aspecto um olhar para o sentimento da mãe enquanto pessoa, com suas dores, alegrias, limitações e superações. Cada ser humano é diferente e cada história de vida é única, muitas vezes uma mãe se sente pressionada por acreditar que sua mãe conseguiu amamentar, sua irmã conseguiu, então consequentemente ela também deveria conseguir, quando na verdade, cada pessoa e cada corpo reage de forma diferente, e o que é fácil para uma mulher, pode não ser possível para outra.

São tantas questões pertinentes dentro do olhar da amamentação, que precisamos olhar desde rotina que a mulher segue, até a existência ou não de um grupo de apoio para a puérpera.  O grupo de apoio pode facilitar um tanto esse trabalho, assim como pode levantar algumas indagações para essa mãe que esteja passando por dificuldade de amamentar e até mesmo para aquelas que se sentem confortáveis.

Têm parentes que acreditam que ajudam ao falar que o leite da mãe é fraco e que ela precisa oferecer um complemento, ou mesmo quer demostrar a forma “correta” da pega, dizendo que a mesma não sabe como fazer, essas colocações que podem até ser com intuito de auxílio,  mas na verdade pode ferir a mãe que busca fazer o seu melhor, sendo assim,  ao invés dessas sugestões, o mais indicado, para a pessoa que deseja se colocar no lugar de apoiar é perguntar se a mãe precisa de ajuda e no que ela precisa, havendo assim o respeito necessário para uma melhor convivência.

Diante de todo o universo da amamentação, existe um lugar que merece ser visitado e honrado, é lugar de mãe e sua capacidade de fazer o que ela está podendo para seu filho no momento presente. Afinal, uma mãe vai saber qual a forma mais adequada de alimentar seu filho, sendo uma mãe, que busca bem orientada, ela vai procurar fazer o melhor, reconhece seus esforços e acolher seus limites.

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