Por Profª. Pós-Drª. Rafaela de Almeida Schiavo CRP/0693353

Para intervir e acolher gestantes é necessário que a psicóloga saiba que TODAS as gestantes sentem AMBIVALÊNCIA, ou seja, a mistura de sentimentos opostos se apresentando em simultâneo. 

Não só a mulher engravida, mas o homem também e TODA a família. O homem não gesta fisicamente, mas PSIQUICAMENTE, até mesmo alguns apresentam alterações emocionais significativas. O homem e a família também precisam do olhar da psicóloga nesta fase de gestação.

Após a descoberta do SEXO do bebê é importante a psicóloga perguntar como a mulher recebeu emocionalmente essa notícia, pois se trata de uma importante REVELAÇÃO que pode ALTERAR o estado emocional dos pais. Muitas vezes descobrir o sexo do bebê pode desenvolver alto estresse e até depressão.

Embora seja um fato óbvio, é essencial citar que não devemos ROMANTIZAR a maternidade, principalmente considerando que conforme apontam as pesquisas, cerca de 50% das gestantes brasileiras NÃO PLANEJAM a gestação. A mídia de massa já romantiza, precisamos ter um olhar DIFERENCIADO e ATENTO, pois nem sempre a alegria é o sentimento predominante nas emoções da gestante.

A psicóloga deve permitir ESPAÇO para que a gestante fale tudo e sobre tudo. Alguns profissionais se sentem receosos em abrir esse espaço devido acreditar que tais emoções estão sendo passadas para o bebê, entretanto, esse medo não deve existir, pois, a gestante PRECISA desse espaço para falar sobre seus medos, anseios, incômodos e desejos de modo a significar e elaborar tudo isso.

O parto causa medo, quanto mais próximo o terceiro trimestre gestacional, mais aumenta a ansiedade e o aflorar dos medos a respeito do parto. Nesse momento é importante que a psicóloga tenha informações com base científica para ORIENTAR a mulher com qualidade, pois uma boa orientação já é capaz de REDUZIR a tensão gerada pelo estresse e ansiedade na gestação até pós-parto.

É interessante o psicólogo utilizar instrumentos psicológicos para avaliar a saúde mental de gestantes. Indicativos de alta ansiedade, por exemplo, podem mostrar que a psicóloga deve ficar atenta para PREVENIR a cronificação, desse estado emocional na intenção de contribuir para um pós-parto mais SAUDÁVEL, melhor desenvolvendo infantil e práticas educativas parentais.

Outro recurso são os GRUPOS PSICOEDUCATIVOS para gestantes e casais, capazes de proporcionar aprendizagem, auxiliam a reduzir ansiedade, estresse e depressão. A psicóloga poderá identificar quais os pontos PRINCIPAIS que os pais podem precisar de informação. É preciso falar sobre o que esperar do puerpério. A psicóloga PRECISA falar sobre como o puerpério pode ser DIFÍCIL, assim como IDENTIFICAR que será rede de apoio da mulher e oferecer orientações. 

É muito importante falar sobre os DESCONFORTOS que a chegada de um bebê pode causar na dinâmica pessoal e familiar. Existe o lado ruim, negativo, árduo, difícil, pesado, exaustivo e invisível da maternidade, cujo a gestante precisa saber.

Diversas pessoas e profissionais devem ser conscientizados por meio de PALESTRAS e AÇÕES sobre como acolher e intervir com gestantes

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