Por Zita Ribeiro Gadelha, Psicóloga Perinatal ( MaterOnline ) CRP: 11/09722

A associação do câncer com a gestação é uma condição em que coexistem, na mesma pessoa, o início de uma vida e a ameaça da morte.

Essa contradição entre vida e morte acarreta inúmeros conflitos emocionais e éticos à paciente, sua família e seus médicos.

A evolução do tratamento quimioterápico, bem como da radioterapia, tem representado papel muito importante na cura do câncer, mas sabe-se que o uso destas práticas pode causar efeitos deletérios importantes sobre o feto.

Em geral, existe pouca experiência dos profissionais no manuseio desse tipo especial de paciente.

Problemas de ordem emocional ocorrem com frequência tanto em pacientes nestas condições como em seus familiares, em função da dificuldade de lidar com o diagnóstico.

Não raro, transtornos psicológicos como depressão e ansiedade são diagnosticados no paciente e em seus familiares em todas as fases do tratamento (CEOLIN, 2008).

A presença de câncer em mulheres grávidas gera um importante impacto emocional em todos os envolvidos,

Pois se trata de mulheres jovens vivendo um momento especial de suas vidas: a chegada de um bebê que vai mudar a vida do casal.

Essa ideia, embora não seja frequente, torna-se inquietante, levantando muitos questionamentos, alguns dos quais a presente pesquisa busca responder.

De acordo com a literatura médica, em cada mil gestantes, uma desenvolve algum tipo de neoplasia (CAPELOZA, 2014).

Nota-se portanto, a importância do papel do psicólogo no auxílio de percepção das fragilidades e das formas de compreensão da doença,

Com o intuito de preparar todos os envolvidos para o enfrentamento do câncer e para o que o tratamento exige assim como também durante o processo gestacional

Referências

CAPELOZA, M. et al. A dinâmica emocional de mulheres com câncer e grávidas. Academia Paulista de Psicologia, v. 34, n. 86, p. 151-170, 2014. CEOLIN, V. E. S. A família frente ao diagnóstico do câncer. In: HART, C. F. M. (Org.). Câncer: uma abordagem psicológica. Porto Alegre: AGE, 2008. p. 118-128.

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