Por Christianne Alecsandra Nunes Pessoa Silva
Psicóloga Perinatal (Instituto MaterOnline) CRP 02/14305

Em meio ao seu desenvolvimento, mudanças corporais, sociais, psíquicas, a menina se transformando em mulher, vivenciando a puberdade – sendo este um dos momentos potenciais de crise no ciclo vital feminino, surge uma Gravidez! E agora? Talvez esse seja o primeiro pensamento, tanto dela mesma como das pessoas ao seu redor.

Aqueles questionamentos de como vai ser a vida a partir de agora, os estudos, os planos que a família tinha… tantos pensamentos vem em torno da notícia. Aquele misto de sentimentos invade a vida dela e de quem está ao seu redor.

Precisamos falar sobre isso, pois às vezes, essa gravidez é desejada e premeditada! Mesmo que cause espanto, existem motivos que levam essa menina a querer engravidar: segurar o namorado para sempre, sair da casa dos pais, são alguns motivos para ela.

Outras vezes, em sua maioria, essa é uma gravidez não desejada e esperada. Com isso, os sentimentos negativos a acompanham e podem gerar transtornos emocionais. Além da não aceitação dela, os pais/responsáveis/parceiro também podem não aceitar. E como fica tudo isso na cabeça dela? Não é fácil lidar com todas essas mudanças, ao mesmo tempo.

Embora muitas vezes não seja o “correto” para os adultos na condição de pais, por exemplo, que pensam em puni-la pela falta de responsabilidade em engravidar tão jovem, a decisão mais assertiva é acolher essa menina, ser suporte, entender que sua condição agora é de estar gerando outra vida, orientar, acompanhar e encaminhar para profissionais que possam ajudá-la a vivenciar essa fase de forma que Mãe x bebê esteja seguros!

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