Por Patricia Camargo Ruschioni
Psicóloga Perinatal (Instituto MaterOnline) CRP 06/161397
É fato que o homem vive a maternidade de forma bem diferente da mulher. Ele não sente os sintomas e desconfortos que a gravidez traz, as mexidas do bebê, as alterações hormonais.
Mas se tem uma coisa que ele sente é o peso da responsabilidade de ter alguém dependendo dele para o resto da vida. Ele também percebe as mudanças físicas e sentimentais da mulher e ainda vivencia a obrigação que a sociedade impõe sobre seus ombros no que diz respeito a ser a fortaleza e alicerce para a mulher.
Por isso, é importante saber como ele se sente, afinal a vida dele também mudou. Atentar para o Pai também é importante e faz diferença! Seu emocional também é alterado com a gestação e chegada do bebê.
E qual o papel dele nesse processo? Fundamental sua inclusão desde o início; fazê-lo ser parte integrante e ímpar em todo o processo do maternar. No gerar, ele pode sonhar junto com a mulher, ouvir sobre o que ela tem lido a respeito do desenvolvimento do bebê, participar das consultas e exames durante a gestação, se preparar para o parto; no parto ele é a segurança, companhia, presença ímpar; no puerpério, é suporte emocional, apoio, presença, dividir as tarefas diárias, auxiliar na amamentação, banhos e trocas de fraldas; no crescimento do filho é estar ao lado, educar, cuidar, zelar, orientar. Fácil? Nem um pouco! O Pai tem sua missão e como a da Mãe, também não é simples, porém fundamental.
Precisamos pensar também nas mulheres que não tem essa figura ao seu lado, no dia a dia. Diante disso, é importante que ela tenha alguém de confiança, não para substituir esse papel, mas sim para ajudá-la a suportar os desafios diários que a Maternidade traz.
O Pai é parte fundamental na construção da vida desse novo ser desde a concepção e, junto com a Mulher podem formar uma Maternidade/Paternidade mais leve e saudável.