Texto: Elida Garbo Guedes CRP: 06/130417

Parentalidade pode ser resumida por cuidados realizados pelos pais/responsáveis aos seus filhos visando favorecer seu desenvolvimento saudável. O exercício real e diário da maternidade e da paternidade.

Abrange desde cuidados com alimentação, higiene, proteção (roupas de frio por exemplo), contato corporal (carinho, colo, ninar, beijos, abraços), estimulação com brinquedos, estimulação da linguagem (conversar, cantar), estimular a conhecer o novo (apontar coisas, objetos, fenômenos) até os temidos limites, as regras e rotina dos filhos. Ensinar os filhos o certo e errado, a conviver em grupos, infinitos ensinamentos por toda a vida.

         Exercer a parentalidade será sempre uma construção, a cada fase do desenvolvimento do filho esse conjunto de comportamentos serão exercidos de maneira diferente. Ser pais de um bebê de um mês é bem diferente de ser pais de um bebê de um ano, de uma criança de quatro anos ou de um adolescente de treze anos.  Pouco a pouco os filhos vão crescendo, desenvolvendo autonomia e independência e passam a não mais aceitar tudo o que foi decidido pelos pais sem questionar ou entender os porquês e assim os conflitos podem surgir.

         É um imenso desafio e não existirá resposta pronta ou mágica para solucionar as infinitas questões que pode surgir. A cada nova fase do desenvolvimento do filho novas habilidades serão necessárias aos pais para construir e manter uma relação saudável com os filhos.

         Para exercer a parentalidade de forma saudável é importante que se comece a refletir sobre como deseja ser pai e/ou mãe muito antes da gestação acontecer. Planejar ter um filho perpassa em antes pensar em como se visualiza como pais, quais valores pretende transmitir a seu filho, como pretende construir e manter limites, como manejará comportamentos inadequados. Todos esses aspectos devem ser construídos em conjunto pelo casal.  

A parentalidade exercida por nossos pais já não cabe mais nos modelos sociais atuais, pouco diálogo, decisões autoritárias, castigos físicos e uso da força física foram meios pelos quais fomos cuidados, mas que produzem sofrimento mental e até mesmo favorece o adoecimento. Sendo assim cabe a cada um de nós abraçar o desafio de aprender a exercer uma parentalidade diferente da vivenciada com nossos pais.

A reflexão sobre o modo de maternar e paternar deverá acontecer por toda essa jornada da vida, mas quando iniciada de maneira responsável antes mesmo da gestação favorecerá a construção de uma parentalidade mais saudável e respeitosa para toda a família.

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