Por Profª. Pós-Drª. Rafaela de Almeida Schiavo CRP/0693353

A resposta para esta pergunta é: Não há nada de errado com ela. Nossa sociedade julga tudo aquilo que é diferente de si mesmo, quem tem alguma deficiência, quem tem uma outra cor de pele, quem tem outra religião, que torce para outro time de futebol etc. 

As Pessoas tem preconceitos com aquilo que é diferente de si mesmas

Não existe instinto materno

A maternidade nunca foi instintiva no ser humano, ou seja, não existeinstinto materno. Durante muito tempo, pelo menos até o século XV não havia a ideia do amor materno, as mulheres engravidavam e pariam, algumas cuidavam de seus descentes, outras davam para uma ama de leite cuidar,outras cometiam o infanticídio e outras abandonaram a criança.


O fato é que apenas após o século XVI é que surge a história do amor materno, é necessário que as crianças sobrevivessem, pois, muitas delas morriam facilmente por falta de saneamento básico, higiene, desidratação entre outros e era necessário mão de obra, daí então, surge a necessidade das mulheres cuidarem e amamentarem seus próprios filhos, mas para isso era necessário criar na população uma cultura que partisse da mulher o desejo de fazer isso com seu descendente, daí então há uma grande influência da igreja também para ajudar a construir este contexto.

O amor materno

Hoje em nossa cultura é muito difícil pensar que isso um dia aconteceu, pois, é muito forte a ideia de que o amor materno é algo instintivo na mulher.

Tanto não é que ainda hoje há muitas que colocam seus filhos para adoção, ou abandonam, há também casos de infanticídio entre outros. Muitas mulheres ao descobrir a gravidez, não conseguem sentir prazer com esta situação, algumas só no início da gravidez, outras até meados da gestação e outras até mesmo após o nascimento da criança se sentem infelizes com a situação.

Ela não é uma mulher sem coração

Portanto, a mulher que planeja não ser mãe, ela não tem doença mental alguma, não é uma mulher sem coração, egoísta ou qualquer outro termo, ela apenas, fez uma escolha. A maioria das mulheres não para refletir se desejam ou não ser mães, acabam agindo como se fosse natural o desejo pela maternidade, muitas não gostam de crianças ou bebês e não param para pensar que terão que conviver e cuidar de uma, caso engravidem e optem por não colocar para adoção a criança.

A não maternidade

Assim, é muito mais saudável aquela que toma uma decisão pensada, planejada pela não maternidade do que aquela que simplesmente não parou para pensar no assunto e quando se vê na situação de grávida, pode realmente adoecer, por não ser algo que desejou para sua vida.

Gostou desse conteúdo? Quer saber mais sobre Psicologia Perinatal? Faça parte da maior comunidade de formação de psicólogos perinatais da América Latina. Conheça toda nossa estrutura aqui e sinta segurança na hora de atender gestantes e mulheres no pós-parto.


{"email":"Email address invalid","url":"Website address invalid","required":"Required field missing"}