Em séculos passados a morte era muito próxima às pessoas. A perspectiva de vida de uma pessoa comum era no máximo até 40 anos, ou seja, a morte era muito próxima, era tratada com uma certa naturalidade porque todos estavam muito próximo dela, todos tinham filho que morreu, um irmão, pai ou mãe que já havia falecido, por isso, as pessoas sabiam lidar um pouco mais com a morte.

Atualmente, com a nova tecnologia, é possível que pessoas vivam mais e melhor. Hoje, as pessoas conseguem alcançar os seus 120 anos e aos 40 anos, ainda estar em plena juventude, devido às tecnologias e descobertas que permitem uma maior expectativa de vida e com isso faz com que os profissionais sintam-se perdidos para lidar com situações de morte. A morte é comum no hospital, mas ainda assim os profissionais sentem-se desconfortáveis em lidar com ela, principalmente com o sofrimento do outro que receberá a notícia.

Nos casos de luto parental, os profissionais se sentem mais perdidos ainda, pois deveria ser uma hora de vida de nascimento, mas a morte também acontece aí. E como dar a notícia de que o filho do casal morreu para esses pais? O que fazer com eles após a notícia? São muitas as dúvidas que profissionais da saúde apresentam nesta hora sobre qual a melhor forma de agir.

É importante salientar que não existe uma resposta única, não existe o que fazer, são questões únicas, vivências únicas e o profissional da saúde precisa respeitar esse momento do casal e da família. A primeira atitude a ser tomada por um profissional da saúde diante aos pais enlutados é ter empatia por essa família que acabou de perder o ente querido e saber que não é um natimorto, mas sim o filho destes pais, e respeitar isso é muito importante.

A família precisa chorar, viver esse luto, chorar não é doença, ficar triste não é doença, não precisa de intervenção psicológica para choro, tristeza é uma emoção humana universal e que precisa ser expressa, que precisa ter espaço para isso, é importante deixar que a família viva esse momento, se expressando da forma que for melhor para ela.

E o profissional da saúde deve estar ali para apoiar e dar suporte no que for preciso, respeitando o tempo de cada um.

ÁUDIO PROFISSIONAIS EM AÇÃO, 05 DE MARÇO DE 2020

Gostou desse conteúdo? Quer saber mais sobre Psicologia Perinatal? Faça parte da maior comunidade de formação de psicólogos perinatais da América Latina. Conheça toda nossa estrutura aqui e sinta segurança na hora de atender gestantes e mulheres no pós-parto.


{"email":"Email address invalid","url":"Website address invalid","required":"Required field missing"}