Por Profª. Pós-Drª. Rafaela de Almeida Schiavo CRP/0693353 

A queixa de sintomas de depressão pós-parto é frequente em nossas clínicas, mas muitos psicólogos ainda encontram dificuldades para identificar se o que a mulher apresenta é realmente uma depressão pós-parto ou uma tristeza no parto.

Existe uma crença de que mulheres com depressão pós-parto rejeitam o bebê ou sentem vontade de fazer mal a ele, no entanto, isso é um mito. A maioria das mulheres com sintomas de depressão pós-parto não rejeitam o bebê, pelo contrário elas sofrem muito por não se sentirem felizes com a  maternidade e se culpam por não ser a mãe que sempre desejaram ser. Elas amam o bebê só por não encontrar energia para sentir prazer nas atividades de cuidado materno.

Vou apresentar aqui alguns pontos que você precisa ficar atenta para identificar se sua cliente está com sintomas de depressão pós-parto.

1- Investigue sobre o planejamento da gravidez, um dos principais fatores de risco para DPP é o não planejamento da gestação.

2- Investigue a relação conjugal, quando a relação conjugal já não estava indo muito bem, o nascimento de um filho pode potencializar os conflitos entre o casal.

3- Investigue se a mulher em outra fase da vida apresentou sintomas de ansiedade ou depressão ou algum transtorno mental, ter esse histórico pode ser um fator de risco para DPP.

4- Investigue se durante a gestação a mulher já sentiu mudanças de comportamento em seu humor, a maioria das mulheres com sintomas de depressão pós-parto, já apresentavam os sintomas desde a gestação.

5- Caso não seja a primeira gravidez, investigue se anteriormente ela já teve depressão no período perinatal, as chances são que se ela já teve depressão em momento anterior, os sintomas reaparecem no pós-parto atual.

6- Investigue se a mulher tem boa rede de apoio, uma boa rede de apoio pode ser fator de proteção para DPP

7- Investigue sobre o parto, mulheres que tiveram uma experiência ruim no parto, tendem a apresentar sintomas de depressão pós-parto.

8- Investigue se a mulher amamenta no seio de forma exclusiva, amamentar no seio de forma exclusiva é fator de proteção para DPP.

9- Se o bebê nasceu baixo peso, prematuro ou precisou ficar internado por qualquer motivo, é um fator de risco para DPP

10 – Aplique a Escala de Depressão Pós-parto de Edimburgh (EPDS) para também ter dados objetivos se a sua cliente está apresentando depressão.

Essas são algumas recomendações para te auxiliar no atendimento à mulher no pós-parto, mas além de investigar é preciso saber o que fazer com esses dados e nem todos os psicólogos estão preparados teórico e tecnicamente para isso, portanto, se você quer saber mais sobre o assunto, convido você a conhecer o Instituto MaterOnline nas redes sociais.

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Gostou desse conteúdo? Quer saber mais sobre Psicologia Perinatal? Faça parte da maior comunidade de formação de psicólogos perinatais da América Latina. Conheça toda nossa estrutura aqui e sinta segurança na hora de atender gestantes e mulheres no pós-parto.

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