Estudos revelam que cerca de 20% das gestantes no Brasil são adolescentes, se compararmos aos países desenvolvidos, cuja porcentagem fica entorno de 7% a nossa porcentagem, é então, considerada muito alta. Por isso no Brasil a gravidez na adolescência é tratada como um problema de saúde pública.

Adolescentes tendem a procurar menos o serviço de saúde para realizar o pré-natal, aumentando as chances de ter mais intercorrências obstétricas, do bebê nascer prematuro e com baixo peso, e com isso, mais chances de mortalidade materna e neonatal. E por que adolescentes procuram menos os serviços de saúde para a realização do pré-natal? Porque na nossa cultura não se espera que uma adolescente engravide.

Quando uma adolescente engravida, ela fica muito ansiosa, tem medo de contar para os pais, sobre a gestação e decepcioná-los, ou medo de sofrer violência física e verbal por parte deles, ser mandada embora de casa entre outros medos. E com isso, os níveis de cortisol aumentam. Pesquisas revelam que quanto mais elevado o cortisol no organismo de uma mulher grávida, maior também as chances de acontecer intercorrências obstétrica, nascimento prematuro e baixo peso.

O fato da gestante ter menos do que 20 anos não é consequência para que tenha nascimento prematuro e baixo peso, mortalidade materna ou qualquer intercorrência obstétrica, o risco de uma mulher adolescente e de uma mulher adulta ter essas intercorrências são as mesmas, contudo, é aumentado na população de adolescentes pelo fator cultural de que não se engravida na adolescência.

Assim, nós profissionais da saúde precisamos garantir espaço para conversar com toda população sobre prevenção de gravidez na adolescência e como podemos intervir sem preconceitos para auxiliar que a gestante adolescente procure o mais rapidamente possível iniciar o pré-natal.

AUDIO – PROFISSIONAIS EM AÇÃO – 21 DE JANEIRO DE 2020

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